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quinta-feira, novembro 23, 2006

Atraso justificado!


Pedem-se, desde já, desculpas pela tardia publicação mas ficámos a aguardar fotografias para ilustrarem este post! Como ainda não nos foram enviadas, vimo-nos compelidos a publicar sem as ditas!

Como começar este post? Como falar do Vale de Santarém?

Muito gostaríamos de ter gravado as palavras do nosso maestro ao dirigir-se ao público que nos quis ouvir cantar, mas tal não aconteceu! Portanto, cabe-nos a dura tarefa de tentar desenrascar a situação sem, contudo, termos a sua brilhante capacidade de comunicação! Face a isto, remediamo-nos com a nossa modesta interpretação e seguimos corajosamente! Passamos a apresentar a nossa síntese!

Vale de Santarém... terra que inspirou o iniciador do Romantismo português, Almeida Garrett, e o levou a escrever os momentos mais significativos da obra que é considerada o ponto de arranque da moderna prosa literária portuguesa... Viagens na Minha Terra (publicada em folhetins entre 1845 e 1846 na Revista Universal Lisbonense e editada em volume em 1846. ).

Esta casa que aqui vemos, velha e degradada, não é mais que aquela que terá dado origem à tão célebre descrição da janela de cortinas brancas onde a Joaninha dos Olhos Verdes escutava os rouxinóis. A casa foi vítima de um misterioso incêndio em 1990 tornando inviável qualquer intenção de recuperação da sua bela fachada.

Almeida Garrett escreveu:

"O vale de Santarém é um destes lugares privilegiados pela natureza, sítios amenos e deleitosos em que as plantas, o ar, a situação, tudo está numa harmonia suavíssima e perfeita: não há ali nada grandioso nem sublime, mas há uma como simetria de cores, de tons, de disposição em tudo quanto se vê e se sente, que não parece senão que a paz, a saúde, o sossego do espírito e o repouso do coração devem viver ali, reinar ali um reinado de amor e benevolência. As paixões más, os pensamentos mesquinhos, os pesares e as vilezas da vida não podem senão fugir para longe. "

E assim aconteceu! Nesse dia demos um alegre e bem executado concerto a pessoas que nos receberam muitíssimo bem, sentimo-nos em casa! E como se em casa estivéssemos... terminámos a noite à mesa de amigos, qual cena do famoso livro, a comer, beber e cantar!

O nosso muito obrigado!




  • Realizado por Luisa Marujo