Humor Coral - Sopranos

Continuando a caracterização iniciada no outro post, chegou agora a vez de falarmos dos sopranos.



(Traduzido do Inglês por Dó-Ré-Mi)

Os SOPRANOS são quem canta mais agudo, e por isso pensam que governam o mundo. Têm cabelo mais comprido, jóias mais vistosas e saias que fazem barulho ao andar e consideram-se insultadas se não lhes é permitido cantar pelo menos um Fá agudo em todas as passagens de qualquer peça. Quando atingem as notas agudas prolongam-nas pelos menos mais metade do tempo exigido pelo compositor e/ou maestro. Depois queixam-se que as gargantas estão a dar cabo delas e de que o compositor e o maestro são sádicos. Os sopranos tem atitudes diferentes em relação às outras secções do coro, embora os considerem a todos inferiores. Os contraltos são para os sopranos o mesmo que os segundos violinos são para os primeiros violinos: bons para fazer harmonias, mas não verdadeiramente necessários. Todos os sopranos têm o sentimento secreto que os contraltos poderiam ser dispensados e que a peça continuaria a soar essencialmente ao mesmo e não entendem porque é que alguém canta aquela parte da escala: é tão monótono! Os tenores, por outro lado, podem ser muito agradáveis para ter ao pé. Além das possibilidades de namoriscar (é um facto bem conhecido que os sopranos nunca andam com baixos), os sopranos gostam de cantar duetos com os tenores porque tudo o que os tenores fazem é esforçar-se imenso para cantar notas baixas-médias na escala de um soprano. Enquanto isso, os sopranos estão lá em cima, exibindo-se na estratosfera! Para os sopranos, os baixos são escumalha: cantam demasiado alto, não servem para apanhar o tom pois cantam numa parte muito, muito baixa da escala e, de qualquer forma, tem de haver algo de errado com quem canta numa clave de Fá!